A morte e a fome podem entrar em força em Alepo naSíria se a ofensiva governamental, apoiada pela Rússia e o Hezbollah cercar os rebeldes naquela que já foi a maior cidade do país.
Pelo menos 300 mil civis ficarão privados de comida e de ajuda humanitária caso o cenário se concretize e não haja linhas de abastecimento humanitário – O alerta é feito pelas Nações Unidas.
Ainda de acordo com o Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, o afluxo de refugiados será também engrossado em cerca de 100 a 150 mil pessoas.
Num momento de viragem da guerra, a favor de Bashar al-Assad, John Kerry fez um apelo à Rússia.
“As atividades da Rússia em Alepo e na região, neste momento, estão a tornar muito mais difícil o regresso à mesa das negociações de paz, para que existam conversações sérias. Já pedimos e voltamos a pedir à Rússia para se unir nos esforços para conseguirmos um cessar-fogo imediato e permitir acesso humanitário total”, declarou o secretário de Estado norte-americano.
Mesmo sem cessar-fogo, o ministro dos Negócios Estrangeiros Russo, Serguei Lavrov anunciou que Moscovo apresentou um plano de paz concreto a Washington e que aguarda por agora uma resposta.
Isto num dia em que um atentado com uma viatura armadilhada em Damasco, reinvidicado pelo grupo Estado Islâmico, provocou pelo menos oito mortos.