Prédio da Polícia Federal em Palmas — Foto: Djavan Barbosa/Jornal do Tocantins

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (25) a Operação Ribaldo para combater um grupo suspeito de cometer crimes de estelionato contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os investigados fraudavam certidões de nascimento e documentos previdenciários para obter benefícios ilegais. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária nas cidades de Araguaína, no Tocantins, e Imperatriz, no Maranhão.

A ação, autorizada pela 1ª Vara Federal Criminal de Araguaína, integra investigações que apuram uma organização criminosa acusada de adulterar registros públicos e burlar o sistema previdenciário. Segundo a PF, o objetivo é identificar todos os envolvidos, coletar provas e desmantelar as atividades do grupo, que atuava de forma coordenada.

“Os mandados visam assegurar elementos materiais e digitais que comprovem a autoria das fraudes, além de impedir a continuação das atividades ilícitas”, informou a corporação em nota. Os alvos da operação, cujos nomes não foram divulgados, responderão por estelionato (crime caracterizado por obtenção de vantagem ilegal mediante fraude) e falsificação de documento público. Outras acusações podem ser incluídas conforme o avanço das apurações.

O nome da operação, “Ribaldo”, faz referência a um termo popular que designa alguém que age com má-fé, trapaceando terceiros – conduta central no esquema investigado. A PF ressaltou que as fraudes prejudicam não apenas os cofres públicos, mas também a integridade do sistema de seguridade social, afetando milhões de brasileiros que dependem dos serviços do INSS.

Esta é mais uma ação no combate a fraudes previdenciárias, que movimentam bilhões de reais anualmente no país. Em 2023, o INSS identificou mais de 15 mil benefícios irregulares, segundo dados oficiais.

Por Geovane Oliveira, com informações da Polícia Federal.