(Foto: Pedro França / Agência Senado)

No agitado cenário político do Tocantins, a senadora Dorinha recebeu a filiação do prefeito Wagner Rodrigues no partido União Brasil, criando grande expectativa e especulação sobre o futuro político nas próximas eleições. No entanto, a senadora mantém silêncio sobre se apoiará ou não a reeleição do prefeito de Araguaína, mantendo todos na expectativa. A informação da filiação de Wagner Rodrigues ao União Brasil surpreendeu muitos observadores políticos quando foi anunciada pelo prefeito durante a última semana.

Embora a filiação tenha gerado entusiasmo entre os apoiadores do prefeito, existe uma parcela que acredita que a senadora Dorinha pode estar agindo com cautela em relação às verdadeiras intenções de Wagner ao se unir ao União Brasil. Isso se deve ao histórico do partido em Araguaína, que sempre esteve sob o comando do grupo do ex-prefeito Ronaldo Dimas. Nos últimos anos, não foram formadas chapas de candidatos a vereadores para concorrer nas eleições, levantando suspeitas de que o partido apenas utilizou o tempo de TV, sem uma participação efetiva nas eleições municipais.

Outro ponto de desconfiança reside no fato de que, nas eleições para o Senado, o grupo do prefeito dividiu seu apoio entre Kátia Abreu e Amastha, deixando Dorinha de fora. Isso levanta questionamentos sobre o interesse repentino na aproximação com a senadora e a real motivação por trás desse movimento.

Nos bastidores, surgem informações sobre a possibilidade de a prefeita Josi Nunes de Gurupi e a deputada Janad Valcari também se filiarem ao partido União Brasil. Ambas não apoiaram Dorinha em sua recente candidatura ao Senado. A especulação é que essas lideranças, juntamente com outras, estejam prometendo apoio para uma possível candidatura da senadora ao governo do Tocantins em 2026.

Entretanto, há também quem acredite que essa movimentação possa ser uma articulação liderada pelo senador Irajá Abreu, Eduardo Gomes e Ronaldo Dimas, visando usar o partido da senadora como uma forma de infiltrar candidatos nas duas principais cidades e na capital do estado, a fim de fortalecer seus palanques. Isso se deve ao fato de que o trio não teria força suficiente para lançar candidaturas competitivas sem a divisão do grupo governista.

Em Araguaína, já circulam rumores de que Ronaldo Dimas pode disputar o governo novamente, com o senador Eduardo Gomes e Irajá concorrendo ao Senado em 2026. Relembrando um pouco da história política. Dimas disputou sua primeira eleição para prefeito e ficou em terceiro lugar, perdendo para Valuar Célio Moura. No entanto, na eleição seguinte, ele se recuperou e venceu Valderez.

Por outro lado, dezenas de prefeitos e pré-candidatos a prefeito já começam a se movimentar para deixar o União Brasil, uma vez que consideram ter o governador Wanderlei no palanque como o grande trunfo valioso nas próximas eleições municipais. A popularidade do governador está em alta, enquanto os opositores do governador, Wanderlei Dimas, Irajá e Eduardo Gomes estão em baixa, o que torna a permanência no partido com a provável aliança da senadora com o trio uma opção menos atrativa para esses políticos locais.

Com um cenário político complexo e repleto de reviravoltas, o Tocantins continua sendo palco de intrigas, alianças e disputas pelo poder. A filiação de Wagner Rodrigues ao União Brasil e as movimentações de outras lideranças prometem intensificar ainda mais o xadrez político no estado.

Por: Geovane Oliveira – Araguaina