Os candidatos aprovados no concurso da Polícia Civil enviaram, no mês de janeiro, um ofício ao secretário de Segurança Pública, César Simoni, solicitando um cronograma de nomeações por parte do Estado.
O documento ressalta que o edital do concurso foi publicado ainda em fevereiro de 2014, e que até o momento ainda restam 37 candidatos aprovados para o cargo de perito criminal, 78 para o cargo de escrivão e 41 para delegado de Polícia para serem nomeados.
Com a não convocação de todos os aprovados aptos a tomarem posse e devidamente formados pela Academia de Polícia, o concurso se arrasta por quatro anos com nomeações parceladas por parte do governo estadual e sem a publicação de nenhum cronograma que defina quando elas irão ocorrer. Essa incerteza deixando os candidatos a mercê da boa vontade da administração pública.
Ao todo são 156 aprovados aguardam uma reposta por parte do governo em relação à convocação definitiva. Esse número diz respeito a pessoas que estudaram e se dedicaram ao certame que foi iniciado pela gestão do ex-governador Sandoval Cardoso.
A longa espera, segundo o aprovado para o cargo de perito criminal, Diêverson Reis, só não é maior do que a frustração de quem aguarda ser convocado. Para Diêverson, a demora já ultrapassou todos os limites e a falta de compromisso por parte do governo não apenas com os candidatos, mas principalmente com a população.
“O Estado gastou dinheiro com o concurso, gastou com o curso de formação e agora não responde sobre a convocação final dos aprovados. Mostra falta de compromisso com a segurança pública e com o povo do Estado que vive com medo da ação de bandidos e criminosos que continuam soltos porque a polícia investigativa não tem um contingente suficiente para executar seu trabalho”, pontou.
ATM
Na última quarta-feira, 07, o presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM-TO), Jairo Mariano  se reuniu com membros da comissão dos aprovados e defendeu a nomeação imediata dos aprovados na seleção.
“Os municípios precisam de polícia repreensiva e, também, de polícia preventiva. A polícia civil deve estar ativamente presente nas pequenas cidades, à disposição para eventuais ocorrências. Em algumas situações, os policiais militares precisam deslocar mais de 100 quilômetros para registrar uma ocorrência, sendo que em muitos casos as cidades ficam completamente desassistidas de guarnições policiais”, revelou o presidente da associação.
Nomeações
Na primeira chamada, em maio de 2017, o governo convocou 53 candidatos para o provimento dos cargos de delegado, 13 médicos legistas, 35 peritos, 63 escrivães, 44 agentes e 26 necrotomistas.
Já no segundo semestre, o Estado nomeou cinco peritos, 31 delegados e 50 escrivães. No entanto, conforme o edital, o Executivo ainda deve convocar os 175 aprovados remanescentes.