Chegou ao fim nesta quarta-feira, 17, a Operação Canguçu, montada com 320 policiais de Mato Grosso, Tocantins, Goiás, Pará e Minas Gerais, para caçar criminosos de uma quadrilha ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) que tentou assaltar um caixa-forte da transportadora de valores Brinks em Confresa (MT), no dia 9 de abril, e fugiu para o Tocantins.

A desmobilização das forças policiais começou no início da tarde após os comandantes das tropas considerarem que todos os assaltantes diretamente envolvidos no crime foram mortos ou presos. A Polícia Militar do Tocantins inicia agora a  2.ª fase da operação para tentar identificar possíveis apoiadores da quadrilha.

O núcleo paraense teve quatro suspeitos mortos:

  • Rafael Ferreira Lima, o 11º morto, no dia 1º de maio
  • Gilvan Moraes da Silva , o 14º morto, no dia 2 de maio
  • Robson Moura dos Santos, o 15º morto, no dia 2 de maio
  • Janiel Ferreira Araújo, o 18º morto, no dia 13 de maio.

Outros dois suspeitos são de Imperatriz, no Maranhão

  • Eduardo Batista Campos, o 3º morto no dia 19 de abril
  • Julimar Viana de Deus, o 4º morto, no dia 19 de abril

Os demais mortos são:

  • Matheus Fernandes Alves, de Goiás, a 7ª morte, no dia 22 de abril
  • Airton Magalhães Marques, da Bahia, a 9ª morte, ocorrida dia 29 de abril
  • Luiz Gustavo Pereira dos Santos, a 10ª morte, no dia 1º de maio

Os presos

Paulo Sérgio Alberto de Lima, de Nova Odessa-SP, foi o primeiro preso no cerco do Tocantins. Outro paulista, Isaías Pereira da Silva, foi detido dentro de um ônibus no cerco policial, com destino a Palmas. Os paraenses Pertusilandio Machado e Felix da Silva Aguiar foram presos em Redenção em um imóvel que servia de suporte ao grupo. O quinto preso é Nelsivan Jovan de Araújo, detido em Araguaína, norte do Tocantins. Ele é apontado como o articulador da logística do grupo.

As forças policiais apreenderam dois fuzis calibre.50 e mais dezesseis calibre AK-47, além de carregadores, munições, coletes e capacetes balísticos, granadas e detonadores e equipamento usado em combate, como coturnos, luvas, joelheiras, cotoveleiras e balaclavas.

O comandante do Bope do Mato Grosso, coronel Frederico Correa Lima Lopes, avaliou a operação como bem sucedida. O militar considera que crimes como esse “geram um pânico na população” e uma resposta imediata é de “suma importância” para contornar o trauma e o prejuízo econômico para a região, afetada pela interferência da perseguição.

História por Lailton Costa, Estadão