O bloqueio de R$ 366 milhões no orçamento da educação pode impactar o pagamento de bolsas e auxílios na Universidade Federal do Tocantins. Uma nota divulgada pela instituição nesta terça-feira (6) afirma que o corte pode atingir também as despesas gerais como contratos de manutenção predial, água, energia e outros. A medida atinge 2.084 estudantes que são beneficiados.
O anúncio deixou estudantes preocupados, principalmente os que dependem de algum auxílio, como a estudante de jornalismo Annady Martins Borges, de 23 anos. Ela recebe auxílio psicológico, que está dentro do auxílio saúde, e explica porque ele é importante.
“Eu estava precisando muito de ajuda psicológica por conta de alguns problemas que vinha passando e resolvi buscar ajuda do auxílio psicológico da UFT pois tenho alguns gastos com psicóloga e remédios, então o valor da bolsa me ajuda muito.”
Durante a semana as instituições federais receberam um comunicado do governo federal informando do congelamento de valores até março de 2023. O impacto na UFT é de cerca, R$ 7.600.000 (sete milhões e seiscentos mil reais) e a universidade ainda afirma que atualmente não conta com recursos em caixa.
De acordo com o pró-reitor de administração da UFT Carlos Alberto Moreira de Araújo Júnior, os pagamentos podem ficar atrasados por tempo indeterminado .“Se a situação não for revertida, pelo governo, a UFT estará impedida de pagar suas contas e os alunos receberão com atraso as bolsas. Não dá para falar o dia exato”, explica o pró-reitor de administração da UFT Carlos Alberto Moreira de Araújo Júnior.
- Auxílio alimentação pecuniário;
- Auxílio moradia;
- Programa de Acessibilidade e Educação Inclusiva;
- Apoio Pedagógico;
- Programa Integrado de Estudantes Indígenas e Quilombolas;
- Auxílio saúde;
- Manutenção predial, limpeza e conservação;
- Secretariado e diárias;
- Contas de água e energia
- Bolsas de pesquisa e extensão.
Pega de surpresa, Annady disse como se sentiu ao saber dos cortes. “Fiquei bem revoltada, não só pela minha bolsa, mas pela bolsa de todos os estudantes, muitos dependem disso para sobreviver aqui em Palmas, comer, pagar aluguel. Isso é um absurdo sem tamanho, só esse ano já foram feitos vários cortes, é muito cansativo”, acrescentou a estudante.
Por Arthur Girão*, g1 Tocantins