
O deputado se baseou em notícia no site do Ministério, que de 26 de junho último, informou que a ministra, reunida com representantes do governo norte-americano, relacionou apenas 14 unidades da Federação que estariam livres de febre aftosa e aptos para exportar carne bovina in natura àquele país. O estado do Pará não constou da relação, no qual estão: Tocantins, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Sergipe.
Para Jordy, não há justificativas plausíveis para deixar o Pará e demais Estados de fora do acordo comercial, já que estão se cumprindo todos os protocolos sanitários exigidos. “Temos o terceiro maior rebanho bovino do país e é inaceitável que o Pará não participe deste importante processo de exportação”, afirmou o parlamentar, que afirmou ainda, que a não inclusão do Pará nas negociações, deixou a comunidade perplexa, sendo prejudicial ao país.
De acordo com o requerimento apresentado, o Pará recebeu em maio de 2014, o reconhecimento oficial de área 100% livre da febre aftosa, durante a programação da 82ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, na França. Além do Pará, também alcançaram a certificação os estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.
Livre de Aftosa
Segundo informações da Gerência do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, o reconhecimento internacional do Pará por meio OIE, que concedeu a Certificação de Área Livre de Febre Aftosa, é decorrente de vacinação nas áreas que antes não tinham esse status sanitário – mais especificamente as regiões nordeste paraense, Baixo Amazonas e Ilha do Marajó (Áreas II e III).
Os 100 municípios que integram as regiões das Áreas II e III que receberam a certificação, e que juntos possuem 25% do total do rebanho paraense, ofertaram ao mercado mais de cinco milhões de cabeças aptas a serem comercializadas. Esse número, somado ao rebanho das regiões da Área I, que integra outros 44 municípios do sul e sudeste do Estado – que juntos detêm 75% da produção pecuária do Estado –, totalizam 20.893.720 milhões de cabeças distribuídas entre as 111.397 propriedades cadastradas no Pará.
A expectativa do Ministério da Agricultura é que em cinco anos, o Brasil consiga atingir 100 mil toneladas de carne bovina enviada para os Estados Unidos. Nos últimos 15 anos, os norte-americanos não compraram carne bovina in natura do Brasil, por conta de restrições sanitárias.
Assessoria de Comunicação
Gabinete Dep. Arnaldo Jordy