
Uma ação integrada da Força de Combate ao Crime Organizado do Tocantins (FICCO/TO) resultou na prisão de cinco suspeitos e na apreensão de aproximadamente 450 kg de entorpecentes transportados por via aérea para o estado. A operação, deflagrada no domingo (23), interceptou uma aeronave e três veículos em uma fazenda de Marianópolis, no oeste tocantinense, desarticulando uma rota de distribuição interestadual de drogas.
Segundo o delegado Evaldo de Oliveira Gomes, chefe da 1ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Palmas), as equipes monitoravam há sete dias uma pista clandestina às margens da rodovia TO-080, onde o avião suspeito pousou para descarregar a carga. “A localização estratégica do Tocantins, no centro do país, facilita o transbordo de drogas para outros estados. Eles estavam transferindo os entorpecentes para caminhonetes quando foram surpreendidos”, explicou.
A investigação, conduzida em parceria com a FICCO de Goiás, revelou que a droga seria distribuída principalmente para Goiás e Bahia, com possível expansão para Maranhão e Mato Grosso. Além da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil, participaram do cerco agentes da Inteligência da PM do Tocantins e da Polícia Militar de Goiás (PMGO).
Os cinco presos, originários de outros estados, tiveram as identidades preservadas, mas foram encaminhados à sede da PF em Palmas, junto com a aeronave, os veículos e os entorpecentes. A quantidade total de drogas apreendidas não foi divulgada oficialmente, mas fontes confirmaram cerca de 450 kg.
A FICCO/TO, composta por integrantes da PF, Polícia Militar, Civil e Penal, reforça a atuação conjunta contra o narcotráfico na região. “Operações como esta mostram a importância do trabalho integrado para interceptar redes complexas que exploram rotas logísticas”, destacou o delegado Gomes.
A investigação continua para identificar outros envolvidos e desvendar os elos da organização criminosa, que atuava no armazenamento, transporte e venda de drogas em múltiplos estados. A apreensão é considerada uma das maiores do ano no Tocantins, refletindo o avanço do crime organizado em rotas aéreas clandestinas.
Geovane Oliveira, com informações do G1 Tocantins.