O ex-deputado estadual e policial militar Manoel Aragão da Silva, conhecido como sargento Aragão, permanecerá preso preventivamente após duas decisões judiciais. Aragão é acusado de cometer ameaças, desacato e outros crimes em um bar de Palmas, após reclamar que a cerveja consumida no local estava quente. Durante a confusão, ele teria desafiado outros policiais militares para um duelo.
A defesa de Aragão informou que entrou com um pedido de habeas corpus e aguarda julgamento no Tribunal de Justiça.
A confusão ocorreu na noite do dia 27 de maio deste ano, em um comércio na quadra 1.006 Sul (Arse 102). Imagens registradas no local mostram o momento em que sargento Aragão, de 58 anos, xinga a proprietária do estabelecimento e faz o movimento de puxar uma arma da cintura. Militares foram acionados e, ao chegarem, foram desacatados pelo colega. Atualmente, Aragão está preso na capital.
De acordo com o Tribunal de Justiça, o sargento foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPTO) em junho por ameaça, resistência, desacato e desafio para duelo. O juiz da Vara da Justiça Militar, José Ribamar Mendes Júnior, aceitou a denúncia no dia 1º de julho, tornando Aragão réu em uma ação criminal. Na denúncia, o MP afirmou que ele sacou a arma para a dona do bar por causa da cerveja quente e desacatou um subtenente e um major da Corregedoria da Polícia Militar, além de tentar agredir outro subtenente durante a abordagem.
Na primeira decisão, do dia 10 de julho, o juiz negou o pedido da defesa para que a prisão preventiva fosse revogada. No dia seguinte, o juiz ouviu os militares que atenderam a ocorrência e negou o benefício de “Menagem”, que permitiria ao acusado ficar recluso em outro local indicado pela Justiça Militar.
A situação de sargento Aragão continua sendo acompanhada de perto pelas autoridades, enquanto a defesa busca alternativas legais para sua liberdade.
Por Geovane Oliveira, com informações do G1 Tocantins