Arnaldo Alves Nunes é servidor público e recebe R$ 32 mil por mês, mas não comparece ao trabalho, segundo a Polícia Civil. Ele exerce cargo de direito de hospital particular em Araguaína.
A Polícia Civil realiza na manhã deste terça-feira (19) mais uma fase da operação Catarse, a qual investiga funcionários fantasmas no Tocantins. O alvo desta vez é o médico Arnaldo Alves Nunes, servidor efetivo do estado desde julho 1994, tendo exercido o cargo de secretário da Saúde no Tocantins. Segundo as investigações, mesmo sendo servidor, ele não aparece para trabalhar. A polícia apurou que mesmo assim, ele recebe normalmente o salário bruto no valor de R$ 32.634.
São cumpridos mandados de busca e apreensão na casa e em locais onde o médico trabalha, em Araguaína.
A polícia informou que o médico foi presidente da Federação das Santas Casas Hospitais Filantrópicos e Entidades Beneficentes do Tocantins e, atualmente está lotado no Gabinete do secretário da Saúde em Palmas. Mesmo com todas as funções, exerce o cargo de diretor técnico do Hospital e Maternidade Dom Orione, em Araguaína.
Segundo os investigadores, o prejuízo aos cofres públicos pode passar de R$ 1 milhão, além do da no causado à saúde pública do estado, que é carente de médicos para o atendimento à comunidade.
A Polícia Civil disse que foi comprovado o vínculo trabalhista com o hospital e a ausência na prestação do serviço público, conduta que configura o crime de peculato, quando a pessoa se apropria do dinheiro público em razão do cargo que ocupa. A pena é de dois a 12 anos de prisão cumulada com a perda do cargo.
Por G1 Tocantins