O presidente Michel Temer decidiu que o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP) será o novo ministro das Relações Exteriores, substituindo José Serra que pediu demissão alegando problemas de saúde.
Com a nova função, o cargo de liderança no Senado deverá ir para Romero Jucá (PMDB), citado na Operação Lava-Jato.
A escolha também fortalece a bancada PMDBista na Casa, já que o suplente de Aloysio é Airton Sandoval (PMDB-SP). O novo ministro foi vice na chapa encabeçada por Aécio Neves em 2014.
Em fevereiro do ano passado, ele foi incluído em um inquérito conduzido pelo ministro do STF, Celso de Mello, por supostos crimes eleitorais envolvendo o grupo empresarial UTC. Ao lado de Alozio Mercadante, o tucano é acusado de crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e de lavagem de dinheiro.
Na área de Relações Exteriores, Nunes participou de uma comitiva tucana na Venezuela em junho de 2015. Na ocasião, ele, o senador Aécio Neves (PSDB) e outros colegas foram ao país vizinho visitar o preso político Leopoldo López, oposicionista acusado por Nicolás Maduro de “incitar a violência” em protestos contra o governo. O grupo foi encurralado e o carro onde estavam, apedrejado.
Nunes também presidiu Comissão de Relações Exteriores do Senado. Foi também um dos principais defensores do diplomata Eduardo Saboia, responsável por um estranhamento diplomático ao conduzir a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina da embaixada do Brasil em 2013. Com a benção de Aloysio, Saboia foi promovido em dezembro no Itamaraty a ministro de primeira classe.
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